O ócio é a essência da carne
A pele é onde mora a carícia
Procuro mas não acho o caminho
Bem afortunado é aquele
Que sabe do muito um pouquinho
E do pouco o bastante pra vida
Se localizar
Em chãos de espinho
Devolver
Ao caos o cosmo
Sob esse céu estrelado
Rogam ao senhor do eterno
As almas oblíquas da estrada
Perguntam que água foi essa
De verve tão fina e perversa
Que usou pra moldar nosso barro
Cada andar
Eterna busca
Seja pra depois
Ou antes seja
Seja um homem assim de fino trato
Esquecido no porta-retrato
Passos, toques, ossos e lares
Situar-se na imensidão
De um escuro nobre e pesado
O acaso sabe não cabe
Na curva da linha da mão
Nem num simples lance de dados
Como autômatos
Num labirinto
Devolver
Ao caos o cosmo
Devolver
Ao cosmo o caos